segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Joelho parte 3- Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

Considerado a estrutura ligamentar mais resistente do joelho, sua origem é na face lateral do côndilo femoral mediale sua inserção é na área intercondilar posterior da tíbia. Suas funções são de resistir forças posteriores de gaveta,resistir a hiperextensão, limitar o movimento de rotação interna e a hiperflexão, além de prevenir o varo e o valgo que ocorrem nessa região.
A lesão do LCP é menos comum do que do LCA, e está relacionada a trauma direto com um grau de energia elevado e não muito em relação aos entorses. O mecanismo mais comum de lesão é o trauma na perna com joelho em flexão, ocasionando posteriorização da tíbia, visualizado principalmente em acidentes automobilísticos devido a batida do membro inferior flexionado no painel do veículo.
Os mecanismos de lesões observados nas práticas esportivas que ocorrem rompimento do LCP estão associados com quedas bruscas sobre o joelho flexionado enquanto o pé está em flexão plantar, outra ruptura isolada de LCP também pode ocorrer quando o joelho do atleta é forçado a se hiperflexionar enquanto o pé está em dorsiflexão, uma hiperextensão repentina e vigorosa também pode lesionar o LCP.
Sinais e sintomas:
Observado no local uma pequena hemartrose e edema,aumento de dor na flexão acima de 90°, isso em estágio agudo da lesão.
Em pacientes com lesões crônicas de LCP ou que não trataram quando houve o rompimento, há frequentemente dor patelofemoral e instabilidade da articulação.
Para diagnosticar o rompimento de LCP existem diversos testes específicos, os mais comuns utilizados são:
•Sinal de depressão posterior: aumento do deslocamento posterior da tíbia quando o joelho está flexionado em 70-90°.
•Teste de gaveta posterior: mostra a translação posterior do platô tibial em relação ao fêmur com o joelho flexionado a 90°.
•Teste ativo de quadríceps: O avaliado fica em decúbito ventral e joelho flexionado a 90°, se houver insuficiência de LCP irá ocorrer à translação da tíbia.

Tratamento de LCP:

O objetivo principal do pós-operatório imediato é proteger o enxerto recém construído das forças de posteriorização da tíbia.
Os princípios importantes a serem considerados são: permitir movimento imediato do joelho e evitar exercícios rigorosos dos ísquiotibiais durante os primeiros cinco a seis meses do período pós-operatório.
Os pacientes são alertados para que evite qualquer tipo de exercício ou atividade que implique na incidência de grandes forças posteriores de cisalhamento na tíbia, por exemplo; andar em planos inclinados descendentes, agachar-se e usar aparelhos para flexão dos ísquiotibiais. Além disso, alertamos que o retorno precoce das atividades físicas no período pós-operatório significa um risco definido de nova lesão.
Devemos permitir o movimento passivo de 0 a 90(graus) imediatamente após a operação.
Os pacientes devem ser incentivados a readquirir a extensão do joelho tão logo seja possível para que seja evitada excessiva formação do tecido cicatricial na incisão intercondilar.
Se a dor e a hemartrose articular estão controladas, e se o tônus do quadríceps está satisfatório, na quarta semana do período pós-operatório o paciente tem permissão para sustentar mais peso e liberar as muletas.
A descarga de peso tem progressão mediante o uso de uma técnica de uma marcha normal, evitando posições travadas do Joelho incentivando a flexão normal durante o ciclo da marcha.
O fortalecimento muscular já ocorre no primeiro dia de fisioterapia, realizando exercícios isométricos leves.
Com a boa evolução do paciente, os exercícios podem ser aumentados de forma gradual. Os alongamentos de ísquiotibiais são iniciados da primeira a quarta semana de pós-operatório.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Síndrome do Túnel do Carpo (STC)



O aspecto anatômico que corresponde no punho o túnel do carpo abriga 9 tendões flexores e o nervo mediano. Quando ocorre a compressão do nervo mediano essa lesão é denomidade STC.
Esse tipo de lesão occore normalmente em indíviduos que realizam movimentos repetitivos ou trabalham com máquinas que produzem vibração nos dedos, mão e punho. Os trabalhores mais afetados são os que passam horas digitando em frente ao computador e processamento de alimentos.
Sinais e sintomas: Dormência progressiva e parestesias da mão nas regiões inervadas pelo nervo mediano, dor á noite, fraqueza na mão com diminuição de algumas habilidades funcionais devido o quadro álgico ou dormência da mesma, em casos extremos pode ser observados atrofia do músculo radial da mão.
Avaliação:

A história do paciente deve ser bem analisada para saber o que está causando esses sintomas, se possível tentar fazer lembrar quando inicio essa condição clínica. O fisioterapeuta deve buscar informações sobre o cotidiano do paciente e sobre as posições adotadas no trabalho do mesmo.
Será avaliado: ADM da mão e punho, força muscular principalmente do movimento de pinça e preensão, quando possível testar fazendo uso de um dinamômetro, hipotrofia da região tenar e por fim sensibilidade tátil,dolorosa e sensitiva.
Também aplica-se nesses casos testes específicos chamados de Phalen e de Tínel.
Tratamento:

Pode ser cirurgico ou conservador, tudo irá depender da avaliação médica e o estágio que está a síndrome.


O fisioterapeuta irá atuar:
  • melhora da saúde relacionada á qualidade de vida.
  • melhora das habilidades funcionais e retorno da função.
  • redução do risco de incapacidade futura a partir das limitações detectadas.
  • prevenção e educação do paciente em relação a posição do punho.
  • compreender os fatores de risco.
  • uso de talas na prevenção e manutenção da SDC.
  • Alongamentos musculares
  • Fortatelcimentos dos membros superiores.
  • Mobilizações da articuação do punho.

video mostrando o teste de phalen




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Video com exercícios e alongamentos para Fascite Plantar

Esse vídeo foi retirado do Yotube e é um complemento para o post anterior,está em espanhol o que esta escrito, mas é fácil de entender e vale a pena dar uma conferida.Constam alongamentos, autoalongamentos e exercícios para o trtamento da fascíte Plantar.A partir desses exercícios podem ser criadas diversas variações,só depende da criatividade de cada fisioterapeuta e o objetivo a ser atingido.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fascite Plantar



A fascia plantar ou aponeurose é um tecido conectivo denso que se origina na tuberosidade medial do calcâneo e proporciona suporte estrutural e origens musculares para o pé. Com atvidades de sustentação depeso, a fáscia plantar se alonga e serve como um absorvedor de choque.
O mecanismo de lesão mais comum é o uso excessivo,atividades que envolvam corrida ou posição de pé prolongada podem encorajar irritação repetida das estruturas do aspecto plantar do pé, condições associadas também são bem comuns,como o pé plano,pé cavo,obesidade,encurtamento do tendão calcâneo ou aquileo para o paciente desenvolver a fascite plantar.
Sinais e Sintomas: Dor em qualquer parte da supeficie plantar do pé.Normalment localizada no arco medial longitudinal.A dor é mais incomoda durante atividades de sustentação de peso e ao levantar-se da cama pela manhã.Não é uma dor que surge de maneia súbita,porém desenvolve-se ao longo de um período de tempo.
Avaliação: História sobre a dor e o desconforto,palpação das estruturas envolvidas,avaliação biomecânica do pé,ADM,força e avaliações funcionais.

Os objetivos do tratamento fisioterapêutico são :
  • melhora da qualidade de vida
  • melhora de habilidades funcionais
  • retorno á função ótima
  • redução do risco de incapacidade futura a paritr de limitações identificada
  • estratégias para prevenir incapacidade futura.

Tratamento fisioterapêutico utilizado normalmente:

  • Recomenda-se a utilização de órteses macias ou palmilhas abosrvedoras de choque.
  • Enfaixamento do arco é frequentemente efetivo para ajudar aliviar os sintomas agudos. Exercícios de mobilidade devem ser direcionados ás estruturas encurtadas identificadas. Utilização de sipllnt noturnos em alguns casos também é de grande ajuda na diminuição do desconforto pela manhã.
  • Mobilização Fascial
  • O tendão calcâneo pode ser alongado de diversas maneiras.
  • A fascia plantar pode ser alongada rolando-se o pé sobre um rolo.
  • Educação do paciente a volta das atividades e prática esportiva também é um fator importante na reabilitação.

O tempo esperado para alcançar os resultados varia.

domingo, 25 de outubro de 2009

Fraturas por Estresse

Conceito e causas:

As fraturas por estresse, também conhecidas como fraturas por fadiga,são mais frequentes em atletas e militares, são causadas devido a sobrecarga extra nos ossos, além da intensidade dos treinos, as fraturas por stress podem acontecer por causa do esgotamento muscular (esforço excessivo) e a falta de absorção de impactos acumulativos.
Os músculos fadigados transferem a sobrecarga do stress para o osso ocorrendo a fratura por stress.
Essas fraturas são inicialmente fissuras microscópicas dos ossos. Esse esforço físico repetitivo aumenta as solicitações ósseas, que quando ultrapassam a resistência normal, gera a fratura.Atletas com treinamento inadequados são os mais propensos a sofrer essa fratura e mudanças bruscas de métodos de treino também são fatores relacionados com a fratura por estresse.
Não se sabe ainda qual o esporte mais afetado por essa fratura, mas cada um deles tem sua região mais afetada, no futebol e basquete a frequencia maior é na tíbia e fíbula, devido a sobrecarga muscular.
Os corredores costumam sofrer fratura por estresse nos metatarsos e no terço distal da fíbula.
Sinais e sintomas: Acontecem de maneira insidiosa na maioria dos casos, sem qualquer lesão aparente.
A dor é relacionada com a atividade, no inicio só durante a atividade e com o tempo em repouso também.
Edema local e sensibilidade são observadas na área fraturada.

Prevenção :
  • Os fatores de risco devem ser analisados e eliminados o mais rapido possível.
  • Os atletas devem avaliart os métodos de treinamento com o técnico,treinador,fisioterapeuta e médicos da equipe.
  • Uso de calçados e equipamentos de proteção são importantes para redução de impacto em quase todos os esportes.
  • Observar, no caso do sexo feminino, o distúrbio da tríade feminina que pode causar fraturas recidivantes.

Tratamento fisioterapeutico:

Objetivo: Acelerar o processo de cicatrização óssea e promover o retorno do paciente as suas diversas atividades diárias e esportivas.
Para o correto tratamento o repouso indicado para o paciente é muito importante, isto é, o paciente deve ficar afastado de toda e qualquer atividade de impacto.
O uso de imobilizadores são indicados durante as primeiras semanas, pode incluir sessões de ultra-som terapêutico para auxiliar no processo de cicatrização óssea.
Pode-se realizar atividades dentro da piscina com impacto reduzido e trabalhos de alongamento e fortalecimento muscular para prover manutenção da condição muscular e cardiorrespiratória do atleta.
O tempo de afastamento pode variar de acordo com a região onde se localiza a lesão e com o grau de severidade da fratura.
Durante a fase final de reabilitação algumas atividades de readaptação ao esporte e orientações são importantes para evitar recidivas da lesão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prótese de Quadril

As principais indicações hoje para o uso da prótese são:
Quadro álgico intenso com limitação funcional significante e quadro artrítico avançado de quadril, normalmente pacientes com idades entre 60 e 75 anos, mas com o avanço e melhora das técnicas e materiais utilizados na protetização, a longevidade esperada para a prótese tem aumentando, possibilitando algumas cirurgias em pacientes um pouco mais jovens, deixando de ser contra-indicada.
O procedimento cirúrgico atual mais utilizado envolve aproximação anterior ou posterior da articulação do quadril. Essa cirurgia de substituição articular tem diferentes indicações e preferências dependendo do tipo de prótese que será utilizada.

Tipos de próteses mais comuns:
  • Prótese cimentada: Utilize-se cimento ósseo para fixar o componente acetabular na pelve e a parte femoral no fêmur. A mais utilizada é a prótese de Charnley. O acetábulo é feito com polietileno de alta densidade e a parte femoral é de liga metálica cobalto-cromo-titânio. Normalmente usamos esta prótese em pacientes mais idosos.
  • A prótese não-cimentada, que é mais indicada para pessoas jovens com qualidade óssea ainda boa, é a que fixamos suas partes (acetábulo e componente femoral) diretamente na superfície óssea, sem a utilização de cimento.
  • Hibrida é formada por um componente acetabular não cimentado, e um componente femural cimentado, ambos colocados com suas respectivas técnicas cirúrgicas.

Tratamento pós-operatório e cuidados:

O PO consiste basicamente na prevenção de complicações a partir da cirurgia e inicialização do programa de reabilitação.
O principal risco do PO é a tromboembolia e trombose profunda, para isso ser evitado inicia-se de imediato o tratamento profilático prescrito pelo cirurgião com medicamentos e a mobilização precoce.
A reabilitação é inicia com a educação da postura do paciente, para evitar um deslocamento indevido da prótese, essas posturas e posições irão variar de acordo com aproximação cirúrgica realizada. Se ela foi feita mais posteriormente, deve se tomar cuidado com os movimentos de flexão, adução e rotação interna, enquanto se for feita anteriormente o quadril ficará instável nos movimentos de extensão, abdução e rotação externa, por isso a importância de uma boa avaliação antes de iniciar as mobilizações.
O paciente é encorajado a sentar-se em uma cadeira desde o primeiro dia para realizar as trocas de decúbito, com atenção especial ao decúbito lateral, sobre o membro não afetado.
Podem ser realizados exercícios envolvendo a articulação do tornozelo e a contração isométrica do músculo quadríceps.
A alta hospitalar acontece entre o 4 e 7 dia de PO, após esse período a reabilitação continua em ambiente domiciliar ou clinica para restaurar ADM, restituir o ortastismo e marcha.
Pacientes submetidos a esse tipo de procedimento cirúrgico passam por um longo período de limitação de ADM e dor que acabam comprometendo a função muscular de toda extremidade do membro inferior, por isso a fisioterapia tem um papel muito importante durante esse período e também é fundamental que seja realizada dentro das limitações de cada paciente, seguindo os cuidados de acordo com o tipo de cirurgia. (já foram citados alguns).
Não esquecer jamais de verificar o tipo de prótese utilizada, pois dependendo qual utilizada a descarga de peso ocorre mais cedo do que a outra no membro operado.

sábado, 19 de setembro de 2009

Erros de datas....

A penultima postagem que fiz foi realizada no dia 10 de setembro, hoje atualizei o blog descrevendo um pouco sobre o método Pilates e não sei por que ficou abaixo da postagem do dia 10 de setembro, então o post atual é o do dia 9 de setembro e não dia 10...
Não entendo nada de internet e configurações ai por isso achei masi fácil deixar um recadinho corrigindo mesmo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Testes para LCA

Em uma postagem antiga, comentei sobre o Ligamento Cruzado Anterior(LCA), achei esse videozinho no Youtube, sobre testes ortopédicos,bem didatico e legalzinho.
Esse em especial, trata dos testes utilizados para detectar lesão de LCA.
obs: video com som.

Indico também a leitura sobre outros testes ortopédicos para membros inferiores, disponíveis no seguinte site: http://www.wgate.com.br/conteudo/medicinaesaude/fisioterapia/traumato/testes_membro_inferior.htm

Ali tem um resumão de testes para quadril, joelho e tornozelo.....

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Método Pilates

O método pilates foi criado pelo alemão Joseph H. Pilates, que dedicou-se durante toda sua vida a melhorar sua condição física, praticando mergulho,esqui,ginástica e boxe.
Autodidata, apronfundou seus conhecimentos em fisiologia e anatomia humano, até que após muitos anos de vida, inspirado na Primeira Guerra Mundial, desenvolveu exercícios para manter a si e aos companheiros saudáveis, usou os materias hospitalares para fortalecer os doentes que ainda permaneciam acamados, quando iniciou o desenvolvimento dos primeiros aparelhos conhecidos ainda nos dias de hoje.

Príncipios utilizados no Pilates:

Concentração,Centralização,Fluidez,Respiração,Precisão, Controle e Relaxamento.

Cada exercício do Método Pilates foi designado para incluir todos esses princípios, que são incorporados aos poucos.
Esse método busca desenvolver através de seus princípios, o equilibrío musculo-esquelético, respiração apropriada e o alinhamento postural.
Os exercícios combinam o controle da musculatura abdominal com a concentração.

Benefícios Principais:
  • Estimula e auxilia na circulação.
  • Melhora o condicionamento físico geral.
  • Definição muscular mais rapida.
  • Melhora da flexibilidade e amplitude muscular.
  • Melhora da consciência corporal e a coordenação motora.
  • Reduz ansiedade e estresse.
  • Diminuição de dores músculo-esqueléticas.

Devido a esses benefícios ajuda a prevenir e reduzir riscos de uma futura lesão proporcionando também redução de dores crônicas.
Este método tem sido utilizado com sucesso em reabilitação de complicações de cirurgias ortopédicas, hérnias de discos,lombociatalgia,período gestacional e pós-parto.

domingo, 6 de setembro de 2009

Coluna Lombar

A coluna lombar,pode ser local de dor para diversas condições de saúde,desde as mais simples de serem tratadas e curadas como também muito graves.
Esse tipo de dor acomete até 80% da população adulta e ja é considerado um das principais causas de incapacidade física em indivíduos com menos de 45 anos.
A dor lombar pode surgir de estruturas locais e distais, a AHCPR classificou essa dor em três categorias.
Condições espinais Graves: A partir da história e do exame físico, incluem tumor espinal,infecção, síndrome da caude equina e fraturas. A gravidade desses achados, mostram a necessidade de investigação adicional. Felizmente, essas causas secundárias que geram dores lombares são menos fequentes que as próximas categorias.
Ciática: Sintomas nos membros inferiores e região lombar sugerem comprometimento de raiz nervosa. A mais comum é o comprometimento do ciático, os sintomas normalmente são reduzidos com fisioterapia convencional,ou seja, intervenção conservadora.
Síndromes não-específicas na lombar: Incluem a maiora das dores nessa região, são aqueles pacientes com queixas primárias de dores nas costas que não sugerem comprometimento de raiz nervosa e muito menos condições graves.
Aqui, incluem-se as causa mecânicas de geram dor, como má postura e carregar peso de maneira incorreta, essa categoria responde bem ao tratamento fisioterapeutico após identificado o fator desencadiante da dor lombar ( disfunções das estruturas musculo-esqueléticas, ligamentares e disco) paciente bem informado sobre os cuidados que deverá seguir.

Avaliação geral:
Idade do paciente e sua ocupação,identicar mecânismo de lesão, inicio dos sintomas,tarefas e posições que agravam a dor, localizar a dor e o tipo da mesma.

Exame Fisico:
O exame da coluna lombar deve investigar o sistema neuromuscular,vascular e ortopédicos da região do quadril, membros inferiores e região torácica.
Palpação, reflexos e testes manuais de força e específicos são importantissimos para identificar o fator da dor lombar na maioria das vezes, pois muitos pacientes procuram o fisiorepeuta com diagnóstico clínico inconclusivo.
Lembrar que a muitas pessoas com dor lombar estática possuem hiperlordose (aumento da curvatura normal da coluna lombar).
Exemplos de posturas hiperlordóticas que podem provocar dor:
gravidez,dormir de barriga para baixo,usar calçados com saltos altos (projeta o corpo para frente e obriga a postura hiperlordótica para reequilibrá-lo) e sentar-se em cadeiras sem encosto adequado.

Indicação de leitura: Artigo :INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO DE ESTABILIZAÇÃO CENTRAL SOBRE A DOR E ESTABILIDADE LOMBAR Revista Fisioterapia em Movimento, de 2008, muitissimo interessante a intervenção fisioterapêutica aplicada nesse tratamento..

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Modalidades de tratamento: Calor

As terapias usando calor,também chamadas de TERMOTERAPIA, são valiosas para os tratamentos ortopédicos e neurológicos quando aplicados corretamente. Alguns dos principais efeitos terapêuticos do uso dessa terapia no indíviduo:

Alívio da dor
Redução do espasmo muscular
Redução da rigidez articular
Aumento da flexibilidade
Aumento do fluxo sanguíneo.

Existem dois tipos de calor:
Calor profundo(ondas curtas, microondas e ultra som)
Calor superficial(infra vermelho, bolsa de água quente,massoterapia banho de parafina e banho de contraste).

As propriedades relaxantes do calor superficial o tornam uma modalidade eficaz no tratamento de músculos contraídos,aliviando a dor e o espasmo, facilitando dessa maneira o alongamento muscular.
O uso de calor profundo aumenta a extensibilidade do tecido conjuntivo contraído e com isso melhora a circulação e nutrição sanguínea local. O calor não deve ser utilizado na maior parte das condições agudas ou sobre áreas com sensibilidade e ciruclação alteradas. Se o calor causar desconforto ou aumento da dor, isso indica que o calor utilizado não é o correto ou que sua duração e intensidade estejam excessivas.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Fisioterapia Esportiva-2 -video

Esse vídeo,é uma reportagem que passou a um tempo atrás no Globo Esporte, falando sobre atuação do fisioterapeuta e a importancia do tratamento preventivo e secundário em um time esportivo.Achei muito interessante a reportagem, e por isso decidi postar no blog,ja que pediram algumas outras informações sobre a fisioterapia esportiva.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Epicondilite Lateral (Cotovelo de Tenista)

Conceito: A epicondilite lateral é um processo inflamatório que surge no local de origem dos tendões da musculatura do antebraço, atingindo principalmente o músculo extensor radil curto do carpo.
Causa: Movimentos repetitivos, ou stress repetitivo de alguns movimentos, como a pronosupinação, isso irá gerar microrupturas dos tendões e por isso surge a inflamação na região.
A degeneração do ligamento anular também pode ocasionar essa inflamação.
Sinais e sintomas:
  • Dor a palpação do epicôndilo(estrutura anatômica).
  • Ínicio lento,tornando-se progressivo.
  • Dor normalmente localizada do lado de fora do cotovelo.
  • Em alguns casos, dor irradiada para antebraço,punho e mão.

Incidência: Pode acometer praticantes de diversos esportes que utilizam o membro superior, não apenas o tenis como: handball, squash e remo.Algumas atividades de vida diária ou tipos de trabalhos que exigem movimentos repetitivos de membros superiores também causam a epicondilite, tais como: datilografia, carpintaria, pintura e algumas formas de artesanatos.

Em relação ao tênis que é o esporte em que existe maior incidência a epicondilite está associada a inúmeros fatores, alguns deles são: empunhadura não compátvel, erro de técnica e tensão excessiva quando se bate com a raquete na bola.

Tratamento: Primeiramente deve-se identificar os fatores que estejam causando a lesão e se possível interromper ou corrigir na medida do possível esse fator. O retorno às atividades deve ser lento e gradual, devendo-se evitar qualquer exagero. O tratamento fisioterapêutico inclui: diminuição da dor, manipulação do cotovelo, alongamentos,indicar o uso de orteses,algumas outras técnicas com o uso de laser, eletroterapia e reforço muscular.

Deve-se lembrar que esse tipo de tratamento é lento e depende muito também do paciente se está ou não seguindo as recomendações médicas e fisioterapeuticas para obter melhores resultados de forma mais rápida e eficaz.

Dica de leitura: Artigo da revista Brasileira de Ortopedia, publicado em 2003, que faz uma revisão sobre a epicondolite lateral, mostra uns testes específicos para detectar a epincolite e também tratamento. http://www.rbo.org.br/materia.asp?mt=861&idIdioma=1

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Atualizações

Queridos leitores....
Eu (josi), ficarei essa semana e provavelmente a próxima semana, sem atualizar o Blog, mas após esse período, voltarei com outros assuntos de interesse de vocês.
Esse blog não será esquecido e abandonado, apenas ficara no máximo duas semanas sem atualizações.
Obrigada a todos e espero que continuem a visiti-lo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fisioterapia Esportiva


A fisioterapia esportiva surgiu tratando de lesões causadas por diversas modalidades esportivas, mas com o passar dos anos o fisioterapeuta que trabalha nessa área, vem se destacando atuando na prevenção dessas lesões e mantendo se possível a integridade musculo-esquelética dos atletas.
Os aspectos analisados para realizar a prevenção são:
  • Saber quais são as lesões mais frequentes em determinada prática esportiva.
  • Conhecer e identificar o mecânismo de lesão(contato direto,uso excessivo,forças de tração).
  • O nível de competição de cada atleta ou grupo de atletas(amador,profissional,escolar,olímpico e até mesmo de finais de semana).
  • Faixa etária do grupo avaliado.
  • Analisar o ambiente em que são realizados os treinos.

O fisioterapeuta que trabalha com esportistas,não deve esquecer que o preparo físico do atleta não é tudo que deve ser avaliado, mas saber também que a ansiedade e distúrbios psicológicos também são fatores predisponentes a lesões. O índice de ansiedade do atleta e o tempo para retorno aos treinos ou jogos, deve ser considerado dentro de um programa de reabilitação esportiva. Sabe-se que a maioria das lesões durante a prática esportiva ocorrem como resposta a uma composição inadequada de forças, de modo que é essencial o fisioterapeuta conhecer biomecânica profundamente para tratar e prevenir as lesões.Podemos citar como medidas preventivas então os seguintes itens:

  • Preparo adequado físico e mental.
  • Uso de sapatos adequados.
  • Conhecimento acerca dos fatores climáticos( tipos de lesão no frio e calor).
  • Proteção das áreas mais suscetíveis.
  • Biotipo coerente com o esporte praticado.
  • Repouso adequado.
  • Pratica de atividades compensatórias.

Quando a prevenção primária não foi possível, estabelece-se a necessidade de pensar no nível secundário,para evitar o surgimento de complicações que podem aumentar o tempo de afastamento do atleta. Os aspectos mais importantes nessa etapa da reabilitação aparecem de acordo com o tipo de lesão, mas podemos dizer que os mais comuns são:

  • Controle de dor(analgesia).
  • Minimizar o processo inflamatório.
  • Restaurar a amplitude de movimento.
  • Melhorar força muscular e resistência.
  • Treinos proprioceptivos ( padrões adequados de acordo com o esporte praticado).
  • Evitar compensações posturais, pois estas, poem favorecer a ocorrência de novas lesões quando o atleta retornar as atividades normais.
  • Evitar o surgimento de lesões recidivantes.

Essas são algumas das funções do fisioterapeuta que atua na área esportiva.

A indicação de leitura esta relacionada com uma pesquisa, que caracteriza a postura de crianças praticantes de ginástica olímpica, realizada em 2007 e publicada na revista brasileira de fisioterapia. http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n3/a07v11n3.pdf

terça-feira, 14 de julho de 2009

Hálux Valgo (Joanete)

Conceito: Deformidade lateral (em valgo) do Hálux (primeiro pododáctilo ou dedão dos pés), acompanhado de um desvio medial da cabeça do primeiro osso metatarsiano.
Á medida que se forma esse desvio, vários outros, chamados de fatores secundários, vão se instalando, um deles,é o famoso joanete que começa ocorrer devido a pressão exercida do calçado no local, um alargamento da porção interna da cabeça do metatársico formando uma saliência óssea globosa (exostose). Sobre essa exostose, forma-se uma bolsa sinovial sujeita a processos inflamatórios ou infecciosos extremamente dolorosos.
Causas: Elas são divididas em fatores intrínsecos e extrínsecos.
Fazem parte dos fatores intrínsecos: hálux maior do que os demais dedos, desvio congênito do primeiro metatarso, pés planos e frouxidão ligamentar.
Já o principal fator extrínseco seria o uso de calçados inadequados, principalmente em calçados cuja parte anterior freqüentemente é triangular, produz a aproximação das

cabeças dos metatarsianos (compressão médio-lateral) e desvios lateral do hálux e medial do 5ª artelho. A utilização de saltos elevados tende a agravar essa situação através da compressão axial, forçando cada vez mais o antepé contra a ponta do calçado.
Outros fatores que acompanham o hálux valgo são os calos plantares, dores na região anterior do pé e em muitos casos sub-luxação do segundo dedo.
Prevalência: Normalmente sexo feminino, tanto para s fatores intrínseco quanto o extrínseco, em média 5 mulheres:1 homem.e torna-se mais comum a partir da 4ª década de vida.
Tratamento:
Quando a deformidade já está instalada não existe tratamento conservador que irá fazê-la desaparecer, apenas tratamentos cirúrgicos, que dependendo da técnica escolhida pelo cirurgião que será determinada através dos exames complementares avaliados e o grau de desvio, poderá corrigir essa deformidade.
A fisioterapia tem como objetivo restringir o surgimento de mais deformidades devido o desvio instalado, impedindo através do uso de órteses e o uso de calçados especiais a progressão desse quadro clínico.
Quando indicado a realização de cirurgia, a fisioterapia pode estar presente no pré e pós- operatório, para que ocorra uma recuperação mais rápida e eficiente, diminuindo o tempo de recuperação e problemas relacionados com a imobilização pós-operatória

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Capsulite Adesiva (Ombro congelado)

A capsulite adesiva (CAO),popularmente conhecida como Ombro congelado é uma das mais frequentes patologias que acometem a região do ombro, ocorre especificamente na cápsula articular da glenoide(fig. mostra a região citada),levando dessa maneira uma condição severa de limitação de movimentos do ombro acompanhada de dor.
Sua causa ainda é desconhecida,mas se reconhece que qualquer condição que leve a articulação glenoumeral a assumir uma determinada posição por tempo prolongado pode desenvolver retração capsular,incluindo imobilizão decorrente de patologias do membro superior,tórax e coluna cervical.Por isso a CAO é classificada como sendo primária(sem causa aparente) e secundária( decorrente de outras patologias).
Nos exames físicos a dor e as limitações de movimento, são as caracteristicas mais evidentes.
Essa patologia acomete principalmente mulheres entre 40 e 60 anos.
Alguns autores a descrevem de acordo com suas fases de duração que tem relação com sua evoluação.
As fases são as seguintes:
  • Fase Dolorosa (10-36 semanas) : Inicio incidioso e gradual, a dor é o fato clínico mais importante e presente no ombro ao repouco e com alguns movimentos, e inicia-se a inflamação na região da cápsula.
  • Fase de Rigidez(4-12 meses) : Caracteizada pela perda dos movimentos do ombro,principalmente para as amplitudes de movimento ocorrem com rotação,elevaçã e abdução(abertura), do úmero acima de 90°C. Existe a presença da dor, mas com menos intensidade do que na primeira fase.
  • Fase de descongelamento ( 12-42 meses): O paciente percebe melhora espontânea e progressiva da amplitude de movimento.Mas essa evoluação pode levar meses, e podem surgir sequelas da restrição capsular.A dor se manifesta apenas no limite máximo dos movimentos.

Seu tratamento inclui fisioterapia,manipulação sob anestesia,distensão hidráulica da cápsula e até capsulotomia.Tudo irá depender da evolução do paciente e os sintomas apresentados.
Fisioterapia: O paciente é submetido a um programa de reabilitação baseado na mobilização das articulações do complexo do ombro, na busca da restauração dos movimentos globais e de recursos que possam aliviar o quadro álgico e minimizar a perda de massa e força muscular no braço afetado.Os pacientes também são orientados para a execução de exercícios simples em casa, e também durante o atendimento com a presença do fisioterapeuta.

A indicação de leitura sobre o assunto é um artigo multidisciplinar sobre o tratamento da CAO, em que mostra o ponto de vista de alguns profissionais da saúde e principalmente do fisioterapeuta que faz um relato sobre as técnicas utilizadas para aliviar a dor e melhorar a amplitude de movimento dos pacientes.É um artigo antigo da Revista Brasileira de Ortopedia que tem como um dos autores Cesar Valenzuela Neto, vale a pena dar uma conferida: http://www.rbo.org.br/pdf/1993_set_17.pdf

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Osteoporose


A osteoporose é um distúrbio osteometabólico que tem como principal característica a diminuição da densidade mineral óssea, que é irreversível e diminui a qualidade dos ossos.Mais comuns em mulheres a partir das 50 anos e homens após os 70 anos de idade.
Incluem-se como fatores de risco: Baixo índice de massa corpórea, tabagismo ,alcoolismo, sedentarismo ,imobilização prolongada,baixa ingestão de cálcio, menopausa , uso prolongado de corticóides ,fatores ambientais domésticos , problemas de equilíbrio e fraturas.
Sinais e sintomas: A osteoporose é assintomática, de processo lento e progressivo, devido seu caráter silencioso, acaba sendo diagnosticada apenas após a ocorrência de fratura óssea, principalmente na região do punho, quadril e vértebras.
Após a ocorrência dessas fraturas ósseas é que irão surgir dor devido esse distúrbio .As fraturas encontradas, geralmente são no colo de fêmur, vértebras e punho.
Diagnóstico:O diagnóstico precoce e mais comum pode ser realizado com um exame de densitometria óssea,hoje é muito realizado como medida preventiva.
Tratamento fisioterapêutico:
O fisioterapeuta atua na prevenção de complicações com um programa que objetiva:
  • aumento da flexibilidade, alongamento muscular, melhorar ou manter o equilíbrio;
  • condicionamento físico e fortalecimento muscular para evitar quedas que possam resultar em fraturas;
  • diminuição da dor quando a mesma estiver presente;
  • O uso de sapatos adequados deve ser indicado pelo fisioterapeuta, com palminhas macias e leves e de preferência solas antiderrapantes.
  • É papel também do fisioterapeuta educar a família e o paciente sobre os cuidados que se deve ter para prevenir quedas.

A fisioterapia aquática é a mais indicada para esses pacientes, pois pode ser realizada de maneira lúdica, em grupo ou individual e por ter baixo impacto devido as propriedades da água atuando nas articulações e também diminui o risco de fraturas durante a execução dos exercícios e alongamentos indicados.

Osteoporose e atividade física: Quando uma mulher treina intensamente, que tem sua gordura corporal reduzida drasticamente até um ponto em que seu ciclo menstrual acaba cessando a parada da menstruação pode retirar o efeito protetor do hormônio estrogênio sobre o osso e tornar esta mulher jovem mais vulnerável à perda de cálcio. Somando-se a isso uma nutrição inadequada, o problema é acentuado, com isso a atividade física não é mais benéfica e o risco de lesões músculo-esqueléticas aumentará durante o exercício.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Amputação

Quando a palavra AMPUTAÇÃO aparece,muitas pessoas imaginam cenas tristes de mutilação,incapacidade, impossibilidade de trabalhar e de continuar com uma vida feliz.
O bom seria considerar esse procedimento como sendo o inicio de uma fase de adaptação e aprendizado em que ocorrerá a perda de um ou mais membros e que é comum levar um tempinho para o paciente amputado se adaptar com sua nova imagem corporal,mas deve-se pensar que na maioria dos casos ela só foi necessária para que pudesse ser salva a vida e boa parte do corpo do paciente.
Atualmente, as causas de amputações são muito diversificadas,mas pode-se dizer que as mais comuns são de origens traumáticas e vasculares
Os tratamentos para esse grupo de pacientes e atletas estão cada vez melhores e é fundamental ser integrado por diversos tipos de profissionais,pois essa reabilitação do paciente serve para estimular e valorizar a capacidade residual da pessoa atingida e assim buscar uma recuperação total.
A fisioterapia principalmente leva em consideração que o mais importante é a pessoa e não o membro amputado, e com isso torna-se imprescindível uma abordagem global do paciente, de forma a assegurar o máximo de suas potencialidades físicas.
O tratamento Fisioterapeutico depende do nível de amputação,aqui nesse blog, será informado de maneira global, mas as amputações mais comuns são em membros inferiores devido aos acidentes de carro e moto e também a diabete Melittus.

Objetivos da fisioterapia:
- Cicatrização e redução do edema.
- Independência, transferências e cuidados pessoais.
- Manter ou aumentar a força muscular.
- Prevenir o desenvolvimento de contraturas articulares no membro residual ou qualquer membro.
- Melhorar aparencia do coto
- Deambulação com muletas, quando possível.
Tratamentos propostos:
-Enfaixamento;
- Dessensibilização (escovinha, algodão etc);
- Posicionamento do coto em extensão;
- Alongar a musculatura encurtada;
- Massagem com percussão;
- Massagem transversa profunda;
- Corrente russa e FES;
- Exercícios passivos, ativo assistido e ativo livre;
- Isometria;
- Exercícios ativo resistido;
- Kabat
-Propriocepção
- Deambulação na paralela;
- Trabalho de apoio de peso em diversas estruturas;
- Trabalho de alongamento e fortalecimentos gerais para os principais grupos musculares do corpo.

A indicação de leitura de hoje na verdade não será um artigo muito menos um texto, mas sim realizar uma visita no site oficial sobre Daniel Dias,melhor atleta paraolímpico mundial, um orgulho para nosso Brasil.
Exemplo de superação e dedicação para todos nós.
http://www.danieldias.esp.br/index.htm

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Joelho 2 - Sobrecarga Ligamentar


O joelho é possivelmente a articulação que mais sofre no aparelho locomotor nos praticantes de atividade física. Realiza a função de "dobradiça", que regula a altura do tronco em relação ao solo, necessitando para isso de muita mobilidade.
Para preservar a estabilidade do joelho, o mais importante é ter em mente a importância de manter-se a musculatura em boas condições para praticar desportos sem risco de lesões ligamentares.
O significado de musculatura adequada não é hipertrofiada e sim funcional, ou seja, ágil e coordenada, pois uma musculatura fraca e fadigada poderá gerar uma sobrecarga funcional ligamentar, que muitas das vezes supera a sua capacidade mecânica, causando lesão por sobrecarga.
Para isso devemos ficar atentos à falta de resistência muscular localizada, encurtamento muscular, desequilíbrio muscular em relação aos demais grupos musculares, entre outras.
Uma vez esclarecida a causa, o atleta deve realizar o trabalho complementar e tornar os seus estabilizadores dinâmicos novamente adequados, aliviando a sobrecarga nos estabilizadores estáticos.
Cabe lembrar ainda, que medidas preventivas quanto à sobrecarga ligamentar, podem levar a prevenção da degenaração articular precoce.
Tratamento fisioterapêutico para evitar a sobrecarga ou quando ela já esta presente causando quadros dolorosos:
•Ultra-som ou TENS, para controle da dor;
•Alongamentos passivos e ativos, com ênfase em quadríceps;
•Exercícios isotônicos e/ou isométricos.
•Exercícios pliométricos;
•Exercícios que simulem a atividade desportiva;
•Exercícios de propriocepção, para maximizar a proteção articular;
•Crioterapia ao final da sessão.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Distensões musculares


As distensões ocorrem em esportes que exigem esforço muscular explosivo por um curto período de tempo, como no basquete e corrida de velocidade ou também quando incluem parada repentina,desaceleração,aceleração rápida e a combinação de aceleração e desaceleração.
As distensões são ocasionadas quando a demanda sobre um músculo excede sua resistência natural,pode haver ruptura das fibras musculares,como em caso de sobrecarga durante tração muscular excêntrica.
Costumam acontecer em músculos que movimentam duas articulações(biarticulares), como os músculos posteriores da coxa, que flexionam o joelho e estendem o quadril.
As distensões podem ainda ser classificadas de acordo com o grau de ruptura: o primeiro e o segundo grau envolvem ruptura de fibras musculares parciais e as de terceiro grau se refere a ruptura completa ou separação.
Sintomas: Dor aguda ou em pontada no momento da lesão e durante a contração do músculo em questão, em ruptura parciais a dor resultante pode inibir a contração muscular e o defeito pode ser palpado durante o exame de palpação, em rupturas completas, os músculos são incapazes de se contrair por questões mecânicas, sensibilidade e edema localizado são frequentes no local afetado,após 24 horas da lesão pode ser observado sinais de equimose,ou seja, sangramento dentro do músculo, podendo também haver espasmos musculares.
Cicatrização: Devido a excessiva distensão do músculo, as fibras musculares e vasos sanguineos se rompem. As extremidades rompidas se retraem, e a área lesada é preenchida por sangue. Inicialmente ocorrerá inflamação e em seguida reabsorção do sangramento.O reparo da lesão muscular envolve dois eventos; a formação de novas fibras musculares e produção de tecido cicatricial simultaneamente.
Os músculos esqueléticos tem grande capacidade de regeneração, mas as novas fibras são mais curtas e irão incorporar o tecido cicatricial, que não é elástico.Áreas com diferentes elasticidades podem se formar nos músculos,aumentando assim o risco de ruptura reincidente.
Tratamento:Logo quando ocorrer a distensão aplicar gelo,elevar o membro lesado,suspender a atividade física.
O fisioterapeuta poder-a realizar diversas condutas que irá variar de acordo com a classificação da distensão e o indivíduo lesado.
Em geral, são empregados aparelhos para combater a inflamação e promover alívio de dores e desconfortos; realizadas bandagens, compressões locais e aplicações de gelo para combater a formação de edemas e hematomas, acelerando-se assim o processo de recuperação; e também são prescritos exercícios terapêuticos específicos, intercalados com repouso.
Os aparelhos de eletrotermoterapia mais utilizados são o Ultra-som (de forma pulsada a 20%, é indicada devido ao aumento da velocidade de cicatrização na fase inflamatória) e o Laser (com frequencia de 3 J, torna-se favorável devido o efeito antiinflamatório que possui)..
A crioterapia ( uso do gelo) é muito eficaz pois torna o ritmo das reações químicas mais lentas e inibe a liberação de histamina ,que é um vasodilatador, aumentando o fluxo sanguíneo local; o espasmo muscular, a dor e o tempo de incapacidade também são minimizados devidos seu efeito na redução do metabolismo celular e na diminuição da condução nervosa pelos nervos periféricos

Sugestão de leitura, um artigo, sobre a proposta de tratamento nas contusões musculares,em que uma grande parte do mesmo se refere a distensão muscular.
http://www.fisionet.com.br/monografias/interna.asp?cod=21

sábado, 6 de junho de 2009

Cãibras Musculares

Conceito: A cãibra muscular afeta a maioria das pessoas em algum momento da vida,pode ser conceituada como sendo uma contração involuntária,dolorosa e localizada de algum grupo muscular ou músculo do corpo humano.Surge normalmente durante ou após a prática esportiva e permanece essa contração por alguns segundos.Essa cãibra pode ser classificada como cãibra fisiológica.

Nas cãibras fortes que deixam os músculos doloridos por um ou mais dias , recomenda-se procurar orientação médica adequada e se os episódios se repetirem com frequência, mesmo sem atividade física, a origem pode ser metabólica, vascular ou neurológica e merece tratamento especializado.
Causas:
  • Durante exercícios prolongados,principalmente quando a temperatura do ambiente está elevada, pois o organismo perde muito líquido. A desidratação predispõe o músculo a sofrer cãimbra muscular, a conexão exata entre esses fatores fatores ainda é desconhecida, sugere-se que é causado devido a perda do glicogênio(atua na contração muscular e é um carboidrato produzido pelo nosso organismo) e deficiencia de cálcio e potássio.
  • Sedentarismo,devido fraqeuza muscular.
  • Durante ou após a prática da atividade física devido a mudanças ocorridas na musculatura resultantes de pequenas rupturas musculares,estado geral de saúde e treinamento.
    Não se sabe exatamente as causas da cãibra, mas qualquer fator que afeta a circulação deve ser considerado. Incluem-se nisso: meias e calçados apertados, acúmulo de ácido lático nos músculos,varizes, frio e infecções.

Prevenção e tratamento:

  • Prevenir com treinamento adequado, fazendo exercicios de aquecimento,alongmento muscular e uso correto de equipamentos.
  • Cuidar da alimentação e ingerir bastante líquido.
  • Interromper a atividade física e se a cãibra for aguda,contrair o músculo que exerce a função oposta aquele afetado. Ex: Se tiver cãibra na panturrilha(triceps sural), puxar o pé para baixo (plantiflexão), e depois voltar a posição normal quando perceber que aliviou a contração invlontária causada pela cãibra. O movimento não deve ser doloroso ou forçado demais, pois pode causae outras lesões musculares.
  • Massagear o local afetado.
  • Recomenda-se também o uso de gelo no músculo afetado, durante aproximadamente 20 minutos, se for uma caíbra muito forte que ocorreu durante a esforço físcio.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Fibromialgia


Conceito: É uma síndrome reumática de causa desconhecida, caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica(acima de 3 meses),além da presença de dor em pelo menos 11 dos 18 pontos anatômicos conhecidos como tender points.
Acomete predominantemente mulheres entre 35 e 55 anos.
Sinais e sintomas:Fadiga crônica,dor muscular generalizada que pode iniciar em uma área determinada, distúrbios do sono,alteração de humor sem causa aparente, ansiedade,aumento ou diminuição rápida de peso, diminuição da capacidade aeróbica, cefaléia( dor de cabeça), síndrome do cólon irritável( pode estar com diarréia ou intestino preso), dificuldade para se locomover pela manhã, piora das dores no inverno e também depressão.
Tratamento medicamentoso: Antidepressivos,relaxantes musculares, analgésicos e antiinflamatórios.
Tratamento fisioterapêutico:Esse tratamento auxilia o paciente a assumir o controle da fibromialgia nas suas atividades de vida diária, sendo realizada uma abordagem postural, contribuindo para diminuir a fadiga e a dor. .Exercícios leves e alongamentos,melhoram a flexibilidade e reduzem a tensão muscular .Exercícios de baixa intensidade,que o paciente seja capaz de realizar..Fisioterapia Aquática é a mais indicada nessa síndrome,pois será dirigido o tratamento para o condicionamento geral e alívio da dor.O relaxamento obtido a partir do exercício e o suporte fornecido pela água são capazes de levar a importantes melhoras nos relatos de dor e rigidez. Os principais efeitos terapêuticos da água estão a promoção do relaxamento muscular pela redução da tensão,a diminuição dos espasmos musculares pela temperatura aquecida da água e a redução da sensibilidade à dor.


A indicação é um artigo do ano de 2003,sobre o tratamento da fibromialgia em piscina aquecida.
http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_revistas/155.pdf

sábado, 30 de maio de 2009

Joelho-Parte 1


Ligamento Cruzado Anterior (LCA):

O LCA é um dos ligamentos mais importantes para manter a estabilidade do joelho, evita primariamente a translação anterior da tíbia em relação ao fêmur.
Esse ligamento comporta-se como uma estrutura viscoelástica, permitindo a dissipação da energia e o ajuste de seu comprimento e a distribuição de carga interna. Isso significa que o LCA normal é capaz de ajustes microscópicos aos estresses internos com o tempo, influenciando dessa forma, na lassidão, estresse e a cinemática da articulação.
Uma lesão nessa estrutura pode acabar com muitas carreiras esportivas, pois podem tornar incapacitantes algumas funções, sendo que na fase aguda é muito dolorosa e na crônica pode surgir derrames artciulares e falseios de repetição que levará a dores frequentes.
Mecânismo de lesão do LCA: O mais comum ocorre quando o pé está fixo no solo e é realizado uma torção do joelho, nde a tíbia irá se mover anteriormente ao fêmur.
Exame Físico: Não esquecer de observar lado contralateral, deve-se realizar uma inspeção( hematoma, marcha,edema,posições antálgicas), palpação( dor,derrame articulares,processo inflamatórios,crepitação ). E só então realizar os testes específicos (Lachman, gaveta anterior).
Também para confirmar a lesão realizar uma ressonância magnética.
A lesão pode ser parcial ou completa, se for completa será necessario a realização de procedimento cirúrgico para reparar.
Tratamento: Reconstrução operatória e Fisioterapia.
A fisioterapia deve iniciar logo no pós-operatório e dura em torno de 6-8 meses, o tempo de recuperação do atleta é diferente do paciente não atleta.
É muito importante respeitar a anatomia do joelho e nunca esquecer das fases de cicatrização pós-cirurgica,realizando todo o tratamento fisioterapêutico com cuidado.
Sugestão de leitura: Artigo da revista Acta Ortopédica Brasileira do ano de 2008. No seguinte link:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522008000200011&lng=pt&nrm=iso


terça-feira, 26 de maio de 2009

Luxação

O que é uma luxação?


É o deslocamento ósseo que ocorre em uma articulação, deixando essa estrutura em uma posição anormal.
Ocorre normalmente devido a lesões traumáticas, por isso é mais comum na pratica de esportes, mas alguns casos ela pode ser se origem não traumáticas, que são considerados na maioria das vezes os mais graves, pois revelam articulações frouxas que merecem cuidados médicos e fisioterepêuticos.
Locais mais comuns que ocorrem luxações: Ombro, dedos, joelhos e pulsos.
Em relação ao tratamento uma luxação só pode ser reduzida por um médico treinado.
Algumas luxações só têm solução com tratamento cirúrgico, comum essa intervenção na região do ombro.
Também é importante lembrar que é comum após ter acontecido à primeira luxação sofrer outras, pois os ligamentos, e a musculatura local estarão enfraquecidos nessa região.
Hoje a fisioterapia atua muito no período de pós-luxação fazendo à manutenção dessa articulação, praticando exercícios específicos nas regiões envolvidas complementando a ação dos ligamentos e músculos deixando-os eficientes para dar estabilidade e segurança às articulações que foram luxadas.


Indico a vocês que se interessam por esse assunto, a visitar o link abaixo, que mostra um relato de caso de uma fratura-luxação do quadril no futebol, da revista brasileira de Medicina e Esporte, publicado em 2007.
Nesse relato você poderá visualizar em raio-x a lesão, e acompanhar o tratamento realizado com esse atleta.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922007000400014&lng=pt&nrm=iso