domingo, 25 de outubro de 2009

Fraturas por Estresse

Conceito e causas:

As fraturas por estresse, também conhecidas como fraturas por fadiga,são mais frequentes em atletas e militares, são causadas devido a sobrecarga extra nos ossos, além da intensidade dos treinos, as fraturas por stress podem acontecer por causa do esgotamento muscular (esforço excessivo) e a falta de absorção de impactos acumulativos.
Os músculos fadigados transferem a sobrecarga do stress para o osso ocorrendo a fratura por stress.
Essas fraturas são inicialmente fissuras microscópicas dos ossos. Esse esforço físico repetitivo aumenta as solicitações ósseas, que quando ultrapassam a resistência normal, gera a fratura.Atletas com treinamento inadequados são os mais propensos a sofrer essa fratura e mudanças bruscas de métodos de treino também são fatores relacionados com a fratura por estresse.
Não se sabe ainda qual o esporte mais afetado por essa fratura, mas cada um deles tem sua região mais afetada, no futebol e basquete a frequencia maior é na tíbia e fíbula, devido a sobrecarga muscular.
Os corredores costumam sofrer fratura por estresse nos metatarsos e no terço distal da fíbula.
Sinais e sintomas: Acontecem de maneira insidiosa na maioria dos casos, sem qualquer lesão aparente.
A dor é relacionada com a atividade, no inicio só durante a atividade e com o tempo em repouso também.
Edema local e sensibilidade são observadas na área fraturada.

Prevenção :
  • Os fatores de risco devem ser analisados e eliminados o mais rapido possível.
  • Os atletas devem avaliart os métodos de treinamento com o técnico,treinador,fisioterapeuta e médicos da equipe.
  • Uso de calçados e equipamentos de proteção são importantes para redução de impacto em quase todos os esportes.
  • Observar, no caso do sexo feminino, o distúrbio da tríade feminina que pode causar fraturas recidivantes.

Tratamento fisioterapeutico:

Objetivo: Acelerar o processo de cicatrização óssea e promover o retorno do paciente as suas diversas atividades diárias e esportivas.
Para o correto tratamento o repouso indicado para o paciente é muito importante, isto é, o paciente deve ficar afastado de toda e qualquer atividade de impacto.
O uso de imobilizadores são indicados durante as primeiras semanas, pode incluir sessões de ultra-som terapêutico para auxiliar no processo de cicatrização óssea.
Pode-se realizar atividades dentro da piscina com impacto reduzido e trabalhos de alongamento e fortalecimento muscular para prover manutenção da condição muscular e cardiorrespiratória do atleta.
O tempo de afastamento pode variar de acordo com a região onde se localiza a lesão e com o grau de severidade da fratura.
Durante a fase final de reabilitação algumas atividades de readaptação ao esporte e orientações são importantes para evitar recidivas da lesão.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Prótese de Quadril

As principais indicações hoje para o uso da prótese são:
Quadro álgico intenso com limitação funcional significante e quadro artrítico avançado de quadril, normalmente pacientes com idades entre 60 e 75 anos, mas com o avanço e melhora das técnicas e materiais utilizados na protetização, a longevidade esperada para a prótese tem aumentando, possibilitando algumas cirurgias em pacientes um pouco mais jovens, deixando de ser contra-indicada.
O procedimento cirúrgico atual mais utilizado envolve aproximação anterior ou posterior da articulação do quadril. Essa cirurgia de substituição articular tem diferentes indicações e preferências dependendo do tipo de prótese que será utilizada.

Tipos de próteses mais comuns:
  • Prótese cimentada: Utilize-se cimento ósseo para fixar o componente acetabular na pelve e a parte femoral no fêmur. A mais utilizada é a prótese de Charnley. O acetábulo é feito com polietileno de alta densidade e a parte femoral é de liga metálica cobalto-cromo-titânio. Normalmente usamos esta prótese em pacientes mais idosos.
  • A prótese não-cimentada, que é mais indicada para pessoas jovens com qualidade óssea ainda boa, é a que fixamos suas partes (acetábulo e componente femoral) diretamente na superfície óssea, sem a utilização de cimento.
  • Hibrida é formada por um componente acetabular não cimentado, e um componente femural cimentado, ambos colocados com suas respectivas técnicas cirúrgicas.

Tratamento pós-operatório e cuidados:

O PO consiste basicamente na prevenção de complicações a partir da cirurgia e inicialização do programa de reabilitação.
O principal risco do PO é a tromboembolia e trombose profunda, para isso ser evitado inicia-se de imediato o tratamento profilático prescrito pelo cirurgião com medicamentos e a mobilização precoce.
A reabilitação é inicia com a educação da postura do paciente, para evitar um deslocamento indevido da prótese, essas posturas e posições irão variar de acordo com aproximação cirúrgica realizada. Se ela foi feita mais posteriormente, deve se tomar cuidado com os movimentos de flexão, adução e rotação interna, enquanto se for feita anteriormente o quadril ficará instável nos movimentos de extensão, abdução e rotação externa, por isso a importância de uma boa avaliação antes de iniciar as mobilizações.
O paciente é encorajado a sentar-se em uma cadeira desde o primeiro dia para realizar as trocas de decúbito, com atenção especial ao decúbito lateral, sobre o membro não afetado.
Podem ser realizados exercícios envolvendo a articulação do tornozelo e a contração isométrica do músculo quadríceps.
A alta hospitalar acontece entre o 4 e 7 dia de PO, após esse período a reabilitação continua em ambiente domiciliar ou clinica para restaurar ADM, restituir o ortastismo e marcha.
Pacientes submetidos a esse tipo de procedimento cirúrgico passam por um longo período de limitação de ADM e dor que acabam comprometendo a função muscular de toda extremidade do membro inferior, por isso a fisioterapia tem um papel muito importante durante esse período e também é fundamental que seja realizada dentro das limitações de cada paciente, seguindo os cuidados de acordo com o tipo de cirurgia. (já foram citados alguns).
Não esquecer jamais de verificar o tipo de prótese utilizada, pois dependendo qual utilizada a descarga de peso ocorre mais cedo do que a outra no membro operado.