Esse Blog tem como finalidade divulgar o trabalho do fisioterapeuta em algumas áreas de atuação e informar sobre lesões e patologias comuns durante a prática esportiva ou atividades de vida diária. Sintam-se a vontade e espero que gostem dos conteúdos que aqui serão públicados.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Escoliose
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Obesidade relacionada com desvios posturais e osteomusculares
O mundo globalizado oferece diversos produtos tecnológicos para facilitar o cotidiano da população mundial visando apenas o conforto evitando se possível qualquer tipo de atividade física.
Por esse motivo o sobrepeso e a obesidade estão sendo considerados um dos principais problemas de Saúde Pública atual.
O excesso de peso além de ser um distúrbio nutricional provoca danos no sistema musculoesquelético, podendo causar desvios posturais, estando associado também como fator de risco nas doenças articulares.
A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, apresentando relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.Podendo ser influenciada por diversos fatores tais como; anomalias ósseas congênitas e adquiridas, vícios posturais, EXCESSO DE PES CORPORAL, deficiência protéica na alimentação e frouxidão ligamentar.
De acordo com Nahas (2006), o excesso de peso pode desencadear sérios problemas lombares.
Segundo Silva et al. (2005), foi observado em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Tribastone (2001), o aumento do arqueamento lombar ou do ângulo lombossacral ocasiona uma lordose, tendo como causas comuns, má postura, gestação, obesidade e musculatura abdominal fraco.
De acordo com Busse (2004) e Nunes (2006), as manifestações clínicas que podem ser encontrada no indivíduo com sobrepeso e obesidade é a doença de blount, joelhos valgos, artroses e problemas na cicatrização.
Conforme Silva e Campos (2006), o obeso tem o campo de gravidade alterado para frente devido ao aumento da região abdominal, ocasionando a anteroversão pélvica e hiperlordose lombar e para compensar esses desvios adotam uma postura de hipercifose torácica, isso ocorre para manter o centro de gravidade estável na base de apoio, diminuindo gastos energéticos em excesso.
Segundo Fisberg (2005), as principais alterações posturais de um adolescente obeso são o valgismo de joelho e a hiperextensão da mesma articulação, aumento da cifose torácica, abdômen protuso e anteroversão pélvica.
Gama (2007) o valgismo e varismo de joelho estão associados com a obesidade, devido os desalinhamentos que a mesma ocasiona.
De acordo com Souza, João e Sacco (2007), foi observado em sua pesquisa realizada com crianças a queda do arco longitudinal plantar na maioria das crianças obesas avaliadas.
Para Nordin e Frankel (2003) e Hall (2005), o peso do corpo na postura em pé, é mantido pelo arco plantar, devido a isso, alterações nessa região são bem comuns em obesos segundo vários autores pesquisados.
Silva et al (2005), também observou em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Campos apud Calvete (2004), o excesso de peso facilita o surgimento de alterações ortopédicas, mas não são exclusivas do obeso,no entanto esse fator de excesso de carga nas articulações e aumento de massa corporal faz com que o indivíduo obeso esteja mais suscetível a essas lesões.
O excesso de peso deve ser caracterizado como uma doença multifatorial e de difícil tratamento, pois, a partir da alteração do peso, podem se originar alterações hormonais, ortopédicas e diversas doenças, ou o agravamento das mesmas devido a complicações geradas pelo acúmulo de gordura local (WATANABE, 2003).
Esses dados demonstram a necessidade do Fisioterapeuta em uma equipe multidisciplinar no tratamento da obesidade e ou sobrepeso para auxiliar em uma melhor qualidade de vida, atuar nas alterações posturais existentes, minimizar o número de alterações osteomusculares devido a algum fator relacionado ao excesso de peso, evitando dessa maneira a evolução de muitas deformidades.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Joelho parte 3- Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

A lesão do LCP é menos comum do que do LCA, e está relacionada a trauma direto com um grau de energia elevado e não muito em relação aos entorses. O mecanismo mais comum de lesão é o trauma na perna com joelho em flexão, ocasionando posteriorização da tíbia, visualizado principalmente em acidentes automobilísticos devido a batida do membro inferior flexionado no painel do veículo.
Os mecanismos de lesões observados nas práticas esportivas que ocorrem rompimento do LCP estão associados com quedas bruscas sobre o joelho flexionado enquanto o pé está em flexão plantar, outra ruptura isolada de LCP também pode ocorrer quando o joelho do atleta é forçado a se hiperflexionar enquanto o pé está em dorsiflexão, uma hiperextensão repentina e vigorosa também pode lesionar o LCP.
Sinais e sintomas:
Observado no local uma pequena hemartrose e edema,aumento de dor na flexão acima de 90°, isso em estágio agudo da lesão.
Em pacientes com lesões crônicas de LCP ou que não trataram quando houve o rompimento, há frequentemente dor patelofemoral e instabilidade da articulação.
Para diagnosticar o rompimento de LCP existem diversos testes específicos, os mais comuns utilizados são:
•Sinal de depressão posterior: aumento do deslocamento posterior da tíbia quando o joelho está flexionado em 70-90°.
•Teste de gaveta posterior: mostra a translação posterior do platô tibial em relação ao fêmur com o joelho flexionado a 90°.
•Teste ativo de quadríceps: O avaliado fica em decúbito ventral e joelho flexionado a 90°, se houver insuficiência de LCP irá ocorrer à translação da tíbia.
Tratamento de LCP:
O objetivo principal do pós-operatório imediato é proteger o enxerto recém construído das forças de posteriorização da tíbia.
Os princípios importantes a serem considerados são: permitir movimento imediato do joelho e evitar exercícios rigorosos dos ísquiotibiais durante os primeiros cinco a seis meses do período pós-operatório.
Os pacientes são alertados para que evite qualquer tipo de exercício ou atividade que implique na incidência de grandes forças posteriores de cisalhamento na tíbia, por exemplo; andar em planos inclinados descendentes, agachar-se e usar aparelhos para flexão dos ísquiotibiais. Além disso, alertamos que o retorno precoce das atividades físicas no período pós-operatório significa um risco definido de nova lesão.
Devemos permitir o movimento passivo de 0 a 90(graus) imediatamente após a operação.
Os pacientes devem ser incentivados a readquirir a extensão do joelho tão logo seja possível para que seja evitada excessiva formação do tecido cicatricial na incisão intercondilar.
Se a dor e a hemartrose articular estão controladas, e se o tônus do quadríceps está satisfatório, na quarta semana do período pós-operatório o paciente tem permissão para sustentar mais peso e liberar as muletas.
A descarga de peso tem progressão mediante o uso de uma técnica de uma marcha normal, evitando posições travadas do Joelho incentivando a flexão normal durante o ciclo da marcha.
O fortalecimento muscular já ocorre no primeiro dia de fisioterapia, realizando exercícios isométricos leves.
Com a boa evolução do paciente, os exercícios podem ser aumentados de forma gradual. Os alongamentos de ísquiotibiais são iniciados da primeira a quarta semana de pós-operatório.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Síndrome do Túnel do Carpo (STC)

O aspecto anatômico que corresponde no punho o túnel do carpo abriga 9 tendões flexores e o nervo mediano. Quando ocorre a compressão do nervo mediano essa lesão é denomidade STC.
Esse tipo de lesão occore normalmente em indíviduos que realizam movimentos repetitivos ou trabalham com máquinas que produzem vibração nos dedos, mão e punho. Os trabalhores mais afetados são os que passam horas digitando em frente ao computador e processamento de alimentos.
Sinais e sintomas: Dormência progressiva e parestesias da mão nas regiões inervadas pelo nervo mediano, dor á noite, fraqueza na mão com diminuição de algumas habilidades funcionais devido o quadro álgico ou dormência da mesma, em casos extremos pode ser observados atrofia do músculo radial da mão.
Avaliação:
A história do paciente deve ser bem analisada para saber o que está causando esses sintomas, se possível tentar fazer lembrar quando inicio essa condição clínica. O fisioterapeuta deve buscar informações sobre o cotidiano do paciente e sobre as posições adotadas no trabalho do mesmo.
Será avaliado: ADM da mão e punho, força muscular principalmente do movimento de pinça e preensão, quando possível testar fazendo uso de um dinamômetro, hipotrofia da região tenar e por fim sensibilidade tátil,dolorosa e sensitiva.
Também aplica-se nesses casos testes específicos chamados de Phalen e de Tínel.
Tratamento:
Pode ser cirurgico ou conservador, tudo irá depender da avaliação médica e o estágio que está a síndrome.
O fisioterapeuta irá atuar:
- melhora da saúde relacionada á qualidade de vida.
- melhora das habilidades funcionais e retorno da função.
- redução do risco de incapacidade futura a partir das limitações detectadas.
- prevenção e educação do paciente em relação a posição do punho.
- compreender os fatores de risco.
- uso de talas na prevenção e manutenção da SDC.
- Alongamentos musculares
- Fortatelcimentos dos membros superiores.
- Mobilizações da articuação do punho.
video mostrando o teste de phalen