quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Obesidade relacionada com desvios posturais e osteomusculares

O mundo globalizado oferece diversos produtos tecnológicos para facilitar o cotidiano da população mundial visando apenas o conforto evitando se possível qualquer tipo de atividade física.
Por esse motivo o sobrepeso e a obesidade estão sendo considerados um dos principais problemas de Saúde Pública atual.
O excesso de peso além de ser um distúrbio nutricional provoca danos no sistema musculoesquelético, podendo causar desvios posturais, estando associado também como fator de risco nas doenças articulares.
A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, apresentando relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.Podendo ser influenciada por diversos fatores tais como; anomalias ósseas congênitas e adquiridas, vícios posturais, EXCESSO DE PES CORPORAL, deficiência protéica na alimentação e frouxidão ligamentar.
De acordo com Nahas (2006), o excesso de peso pode desencadear sérios problemas lombares.
Segundo Silva et al. (2005), foi observado em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Tribastone (2001), o aumento do arqueamento lombar ou do ângulo lombossacral ocasiona uma lordose, tendo como causas comuns, má postura, gestação, obesidade e musculatura abdominal fraco.
De acordo com Busse (2004) e Nunes (2006), as manifestações clínicas que podem ser encontrada no indivíduo com sobrepeso e obesidade é a doença de blount, joelhos valgos, artroses e problemas na cicatrização.
Conforme Silva e Campos (2006), o obeso tem o campo de gravidade alterado para frente devido ao aumento da região abdominal, ocasionando a anteroversão pélvica e hiperlordose lombar e para compensar esses desvios adotam uma postura de hipercifose torácica, isso ocorre para manter o centro de gravidade estável na base de apoio, diminuindo gastos energéticos em excesso.
Segundo Fisberg (2005), as principais alterações posturais de um adolescente obeso são o valgismo de joelho e a hiperextensão da mesma articulação, aumento da cifose torácica, abdômen protuso e anteroversão pélvica.
Gama (2007) o valgismo e varismo de joelho estão associados com a obesidade, devido os desalinhamentos que a mesma ocasiona.
De acordo com Souza, João e Sacco (2007), foi observado em sua pesquisa realizada com crianças a queda do arco longitudinal plantar na maioria das crianças obesas avaliadas.
Para Nordin e Frankel (2003) e Hall (2005), o peso do corpo na postura em pé, é mantido pelo arco plantar, devido a isso, alterações nessa região são bem comuns em obesos segundo vários autores pesquisados.
Silva et al (2005), também observou em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Campos apud Calvete (2004), o excesso de peso facilita o surgimento de alterações ortopédicas, mas não são exclusivas do obeso,no entanto esse fator de excesso de carga nas articulações e aumento de massa corporal faz com que o indivíduo obeso esteja mais suscetível a essas lesões.
O excesso de peso deve ser caracterizado como uma doença multifatorial e de difícil tratamento, pois, a partir da alteração do peso, podem se originar alterações hormonais, ortopédicas e diversas doenças, ou o agravamento das mesmas devido a complicações geradas pelo acúmulo de gordura local (WATANABE, 2003).
Esses dados demonstram a necessidade do Fisioterapeuta em uma equipe multidisciplinar no tratamento da obesidade e ou sobrepeso para auxiliar em uma melhor qualidade de vida, atuar nas alterações posturais existentes, minimizar o número de alterações osteomusculares devido a algum fator relacionado ao excesso de peso, evitando dessa maneira a evolução de muitas deformidades.

Fonte: Fotografia tirada dos pés de um obeso.



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