quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Distrofia Simpática Reflexa (DSR) ou Atrofia de Sudeck

Esta doença vem recebendo diversas terminologias, tais como algodistrofia, causalgia, atrofia de Sudeck, síndrome ombro-mão, neuroalgodistrofia, distrofia simpática pós-traumática ou síndrome dolorosa regional complexa tipo 12.
O mecanismo que estimula seu surgimento ainda não é claro, sabe-se que a condição pode durar anos, mas a recuperação em geral espontânea ocorre em 18 e 24 meses, onde são identificados três estágios.
Estágio I (reversível): Essa fase é observada a vasodilatação, dura 3 semanas a 6 meses. A dor é característica predominante, geralmente desproporcional à gravidade da lesão. Há hiperidrose,calor, eritema, crescimento anormal das unhas e edema nas mãos.
Estágio II ( distrófico ou de vasoconstrição):  Essa etapa dura de 3 a 6 meses. Caracteriza-se por hiperatividade simpática, dor em queimação e hiperestesia exacerbada pelo tempo frio. A mão apresenta-se cianótica e com manchas, as unhas quebradiças e ocorre o surgimento da osteoporose.
Estágio III ( atrófico):  Esse estágio é caraterizado por dor decrescente ou aumentada e por osteoporose grave. Pode ocorrer perda muscular e contraturas.

Queixas  comuns:
  • Dor ou hiperestesia no ombro, punho ou na mão.
  • Limitação da ADM, normalmente na rotação lateral e abdução de ombro e restrição na extensão de punho e na flexão metacarpofalangeana. 
  • Instabilidade vasomotora.
  • Edema de punho e mão secundário ao comprometimento circulatório dos sistemas linfáticos.
A medida que a condição progride, a dor cede mas persiste a limitação de movimento e a osteoporose.


Tratamento:    

Por ser um distúrbio progressivo, a melhor intervenção é a prevenção, quando se identificada a possibilidade do desenvolvimento da DSR,, como após a ocorrência de trauma de ombro, isso requer que o FISIOTERAPEUTA, motive o paciente a mover com segurança todo o membro superior, minimizando edemas e a estagnação vascular.
É necessária intervenção MÉDICA, para lidar com essa doença. O médico pode escolher bloquear os estímulos simpáticos com drogas simpatolíticas  ou bloqueio do ganglio estrelado, entre outras alternativas disponíveis escolhidas pelo médico. Isso é feito junto com o exercício FISIOTERAPÊUTICO para interromper a resposta simpática  e tratar os comprometimentos e as limitações funcionais.

Objetivos dos tratamentos:
  • Educar o paciente.
  • Aumentar ou manter ADM.
  • Facilitar contrações musculares ativas.
  • Alivio da dor.
  • Controlar edema
  • Dessensibilizar a área.
Todas as informações foram retiradas do livro Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas de Colby e Kisnner, 2003.     
Indicação de leitura: Distrofia simpático-reflexa, J. Pediatr. (Rio J.) vol.80 no.2 Porto Alegre Mar./Apr. 2004. Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021-75572004000200015&script=sci_arttext&tlng=es




 






quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Dor lombar na posição sentada

Então....um assunto muito comentado atualmente é relacionado as posições adotadas durante o nosso cotidiano. Achei interessante, descrever um pouco sobre essa posição muito usada por todos nós e tem relação com a dor lombar.


O ato de se sentar faz com que os membros inferiores repousem,por isso a sensação de alivio quando se esta cansado, dessa maneira o peso do tronco é transmitido para a região lombar, ocasionando na porção posterior a pressão nos discos intervertebrais e os ligamentos tornam-se tensionados. Com isso observa-se conseqüências maléficas para a coluna lombar, pois altera a posição da mesma, tornando-a retificada promovendo uma deformação continua do disco intervertebral, na parte anterior encontra-se esmagado e essa compressão desencadeia os efeitos nocivos, levando a dor (VIEL e ESNAULT, 2000).

Para aliviar os sintomas ou prevenir a progressão da dor deve-se de prefêrencia:
  • Utilizar cadeiras ajustaveis.
  • Iluminação local adequada no caso de estar trabalhando ou em casa utilizando computador ou lendo.
  • Apoio firme para os pés contra o solo é importantissimo para um melhor controle postural.
  • Exercícios de relaxamento no posto de trabalho ( no caso de empresas).
  • Procurar ter uma vida menos sedentaria e se exercitar mais.
  • Melhorar principalmente a força da região abdominal.
Por hoje é isso, apenas um breve relato sobre a posição sentada.

Indico para leitura o livro: Lombalgias e cervicalgias da posição sentada de Éric Viel e Michèle Esnault da editora Manole.



Voltando a atualizar........

Olá blogueiros e galera que acompanham o blog.
Fiquei um bommmmmmm tempo sumida, mas estou de volta aos poucos.
Um breve explicação: Dia a dia corrido, meses sem internet em casa e monografia sendo realizada.
A partir deste mês tenare postar mensalmente pelo menos um assunto para não ficar muito desatualizado isso aqui.

Gostaria de parabenizar, todos os FISIOTEREPEUTAS, pelo nosso dia que passou.
Assim simples uma mensagem que achei legalzinha para todos:


Recados Para Orkut

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Esporão de Calcâneo

Esporão é o surgimento de uma calcificação no osso conhecido como calcâneo, localizado no calcanhar.
Os primeiros registros desse tipo de alteração, foram observados em militares devido as caminhadas e corridas de longas distâncias em solo irregular e usando o coturno(bota militar).
No esporte é comum seu aparecimento no atletismo quando se usa um tênis inadequado ou gasto e treinos intensos sobre cimento ou solo irregular.
Corredores de maratonas ou de corridas de aventuras são os mais suscetíveis no meio esportivo. 
Em pessoas não atletas,as mulheres acima de 40 anos de idade, devido o uso de sapatos muito altos,apertados ou de solas muitas baixas(rasteirinha), por períodos muito longos ou não alternando o tipo de calçado no seu cotidiano.
Existem muitos relatos de pessoas que trabalham em pé por longos períodos ou que sofrem com sobrepeso, devido o estresse ou impacto causado nessa região.
Essa alteração está associada a:
-Tendinite crônica da fáscia plantar (fascíte plantar, ja descrita aqui nesse blog).
-Tendinite crônica afetando a inserção do tríceps sural (tendão de Aquiles) provocando uma calcificação em forma de esporão.
-Encurtamento do músculo gastrocnêmio.
-Pés com a curvatura acentuada, rígidos, pouco flexíveis ou pronados. 
A região plantar é composta por estruturas elásticas (músculo) e rígidas (fáscia), que potencializam a força dos músculos flexores curtos dos dedos e funcionam como um braço de alavanca.
Na prática, essas estruturas aumentam a eficiência do impulso, que é acionado quando o calcanhar se distancia do solo.
Um estresse excessivo nesta região pode provocar um estiramento da fáscia, originando fissuras e inflamação.
Sinais e sintomas:
Os esporões de calcâneo nem sempre causam dor podendo ser assintomáticos por muitos anos (depende da intensidade do processo inflamatório).
Com a dor, então, desenvolvendo-se subitamente, como resultado de um movimento que produz pressão oblíqua e inferior nos tecidos e nervos cutâneos na área. A dor é experimentada somente com apoio de carga ou com pressão digital no local, podendo irradiar-se para outras regiões do calcanhar e, algumas vezes, anteriormente ao pé.
Tratamento Fisioterapêutico:
O objetivo principal é ocasionar a diminuição das pressões sobre o calcanhar através de:
-Sapatos que diminuem a pressão no local de dor.
-Uso de órteses e palmilhas.
-Casos mais intensos, imobilização completa por botas rígidas (plásticas ou gessadas) é de grande auxílio para a redução da inflamação e combate à dor.
-Ultra-som (freqüência alta, vibrações que criam um calor fundo e reduzem inflamação) e crioterapia;
-Fortalecimento dos músculos do hálux e do arco longitudinal plantar.
-Cinesio-tape.pois, a tensão na fita adesiva substitui a tensão na fáscia.
-Alongamento da fáscia plantare do sóleo.
-Fazer flexão plantar dorsiflexão, inversão, eversão, marcha, transferência de peso e tibial posterior (flexão dos artelhos.
-Massoterapia e Terapia Manual.
-E em muitos casos também o repouso.



terça-feira, 30 de março de 2010

Fratura de Escafóide (boxeador)


O osso escafóide está localizado na primeira fileira dos ossos da mão, sendo ele o mais fraturado dessa  região.
O mecanismo de fratura é a queda sobre a mão com o punho em extensão.
Nas atividades esportivas é muito comum os boxeadores serem instruidos a golpear com o segundo e o terceiro metacarpo, sendo a força transmitida através do capitato, escafóide e semilunar para o antebraço.A posição do escafóide ligando a fileira carpal proximal á distal,torna-se o mais comum para lesionar.
No boxe, muitas vezes, o atleta não percebe a fratura inicialmente deixando de procurar o atendimento médico, podendo dessa força, levar a um retardo de consolidação ou a pseudo-artrose.
As fraturas do terço proximal do escafóide tem maior indice de complicações, como a não-consolidação pelo tipo de aporte sanguineo desse osso, que é predominantemente no sentido distal para proximal, tendo por isso, como principal complicação a necrose avascular.
Os sintomas iniciais incluem dor à palpação e movimentação de punho do lado radial e dor à manobra de pistonagem do polegar. E em alguns casos edema pode ser encontrado também.  
Alguns autores dividiram as fraturas em estáveis e instáveis. 
As fraturas sem desvio ou esáveis comumente são tratadas com imobilização antebraquial ou axilo-palmar, ambas incluindo o polegar de acordo com suas caracteristicas.
As fraturas com desvio são aquelas com afastamento maior que 1 mm, associação a anormalidades carpais, devem ser tratadas com redução e fixação interna com fios Kischner ou parafusos. 
Tratamento fisioterapêutico:
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como:
Analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação.

- Movimentos Ativos e passivos e alongamentos.











    

terça-feira, 23 de março de 2010

Bursite Trocantérica

Bolsas são membranas que tem como função proteger estruturas musculotendíneas e ósseas contra pressões e reduzir a fricção entre as mesmas, localizadas em vários locais do corpo humano. A inflamação dessas bolsas membranosas a BURSITE,pode resultar de trauma agudo ou crônico,de deposição devido a doenças metabólicas, inflamatórias ou também infecção aguda e crônica. Geralmente na região do quadril é ocasionada devido a excessiva fricção, microtraumas e secundária a traumas diretos.
A sobrecarga exercida nessa região é fator predisponente. A Bursite trocantérica é considerada a mais comum na região do quadril.
A bolsa trocantérica fica entre o tendão do glúteo médio e a proeminência póstero-lateral do trocanter maior do fêmur.  
Sinais clínicos: O paciente queixa-se de dor localizada sobre o trocanter maior que pode irradiar para face póstero-lateral da coxa. A palpação dolorosa é mais visualizada com o quadril em flexão,adução e rotação interna. Dor ao deitar no lado afetado e em alguns casos ao subir e descer escadas também. O teste de abdução ativa do quadril pode desencadear dor, principalmente quando há comprometimento do tendão do glúteo médio. 
Incidência: Atletas que praticam corrida, principalmente mulheres, devido a pelve ser maior que a do homem, outros fatores podem ser devido a discrepância no comprimento dos membros, hiperpronação do pé, irregularidas do piso onde se pratica atividade física e também desequilíbrios musculares.
Exames Complementares: Ressonância Magnética, apenas para confirmar os sinais clínicos evidenciados na avaliação inicial.Mas o fator principal seria diagnosticar a causa do problema, normalmente biomecânico, e atuar na causa. Deve ser observado o ciclo da marcha do atleta/desportista, a postura, a flexibilidade e, sobretudo os calçados de corrida.
Tratamento: Inicialmente se faz crioterapia, medicação indicada pelo médico com ação antiinflamatória e fisioterapia analgésica (o uso do ultra-som é indicado: pulsátil fase aguda e contínuo na fase sub-aguda/crônica, o TENS como medida de analgesia). A fase seguinte visa aumentar a flexibilidade, alongar o fáscia-lata, trato-iliotibial, e o glúteo médio( massagem transversa de Cyriax, exercícios de alongamento, fortalecimento, propriocepção e recuperação funcional).




terça-feira, 9 de março de 2010

Tipos de exercícios Terapêuticos



Após um tempo sem atualizar, estou de volta, quando posso. Devido a vida corrida, não consegui tempo livre para escrever no blog, mas vamos logo ao que interessa.
No post de hoje, irei descrever de maneira bem objetiva os exercícios utilizados em muitas áreas da fisioterapia, principalmente Neurologia, Ortopedia e pós operatórios.
Nem sempre estarei postando aqui, algum tipo de patologia ou trauma,mas também maneiras de atuação do fisioterapeuta,, seja relacionada a algum tipo de método ou aréa especifica.
Nos itens a seguir, está especificado o nome do exercício e sua descrição ao lado.
  1. Passivos: São realizados por formas externas em pacientes que apresentam algum tipo de restrição á movimentos.
  2. Ativos: Realizados ativamente pelo próprio paciente.
  3. Ativos assistidos: Realizados ativamente pelo próprio paciente, porém recebe ajuda de forças externas para completar o movimento. Normalmente nas angulações finais do exercício.
  4. Ativos resistidos: Realizados ativamente e com o uso de pesos ou outro material que produza resistência externa contra o movimento ou que dficulte sua realização.Ex: força manual do fisio e thera-band.
  5. Isométricos: Realizados ativamente onde há contração muscular e produção de força, sem alterar a angulação articular.
  6. Isotônicos: Realizados ativamente, de maneira dinâmica. Sendo concêntricos: ocorre encurtamento muscular e excêntrico, onde ocorre alongamento muscular.Exemplo de técnica: Pilates.
  7. Isocinéticos: Realizados também ativamente de maneira dinâmica mas possuem velocidade de encurtamento ou de alongamento constante.




 


 


 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Escoliose


A escoliose é toda curva ou desvio vertebral no plano frontal, podendo ser denominada de acordo com a sua localização e a causa do seu aparecimento.
Classificação das escolioses:
Não estruturadas: desequelibrio pélvico, posturas da adolescência.
Transitórias: Antálgicas em função de algum tipo de dor.
Estruturadas:São divididas em 3 subclassificações: idiopáticas (sem causa definida), congênitas (por má formação da coluna vertebral ou formato da vértebra) e as neuromusculares(portadores de paralisia cerebral, duchene).
Avaliação:
Incia-se com exame físico medindo os MMII, realizando avaliação postural, teste de Adams(avaliar gibosidade), ângulo de tales.
Veificar exames complementares, preferencialmente RX da coluna AP/P panorâmico e ortostático(esse último dará a angulação da curva).
Para verificar o prognóstico o sinal de risser é visualizado no raio-x do quadril, em que irá mostrar o grau de ossificação da crista ilíaca, em que quando menor o grau de ossificação maior o grau de crescimento do paciente.
A medição da curva escoliótica é chamada de Método Cobb, em que se o ângulo entre as 2 retas traçadas for acima de 10 ° pode-se considerar patológica.

As descrições radiológicas são realizadas de acordo com a posição do lado convexo da curva.
Um individuo pode ter mais de uma curva, sendo a principal chamada de curva primária em que deu origem normalmente a vértebra em rotação e curva secundária em que tem como função tentar compensar a curva primaria.
Tratamento:
Realizado de acordo com a angulação da curva e idade óssea.
No tratamento fisioterapêutico, pode ser utilizado diversas técnicas para manter ou reduzir o grau da escoliose, com RPG, Pilates, exercícios de fortalecimento e alongamento, pode-se utilizar bola suíça, rolos e principalmente dicas posturais para o paciente no seu dia a dia, para evitar o aumento dessas compensações.
O tratamento cirúrgico é realizado em curvas acima de 40 ° graus.

Dicas de leitura: Indico o artigo da revista Fisioterapia em movimento, ASSENTO ADAPTÁVEL PARA PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL E SEQÜELA DE ESCOLIOSE: estudo de caso aplicando design ergonômico, muito interessante as adaptações.Tem fotos de um modelo de assento adaptável.
Outra indicação é o aritgo  PRINCÍPIOS E TÉCNICA DE REEDUCAÇÃO TRIDIMENSIONAL

DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DEBUTANTE,da revista Coluna Fisioterápica, nesse artigo constam exercícios e técnicas usadas na escoliose. No link a seguir terão outros artigos sobre escoliose e também sobre hérnia lombar. 





quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Obesidade relacionada com desvios posturais e osteomusculares

O mundo globalizado oferece diversos produtos tecnológicos para facilitar o cotidiano da população mundial visando apenas o conforto evitando se possível qualquer tipo de atividade física.
Por esse motivo o sobrepeso e a obesidade estão sendo considerados um dos principais problemas de Saúde Pública atual.
O excesso de peso além de ser um distúrbio nutricional provoca danos no sistema musculoesquelético, podendo causar desvios posturais, estando associado também como fator de risco nas doenças articulares.
A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, apresentando relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.Podendo ser influenciada por diversos fatores tais como; anomalias ósseas congênitas e adquiridas, vícios posturais, EXCESSO DE PES CORPORAL, deficiência protéica na alimentação e frouxidão ligamentar.
De acordo com Nahas (2006), o excesso de peso pode desencadear sérios problemas lombares.
Segundo Silva et al. (2005), foi observado em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Tribastone (2001), o aumento do arqueamento lombar ou do ângulo lombossacral ocasiona uma lordose, tendo como causas comuns, má postura, gestação, obesidade e musculatura abdominal fraco.
De acordo com Busse (2004) e Nunes (2006), as manifestações clínicas que podem ser encontrada no indivíduo com sobrepeso e obesidade é a doença de blount, joelhos valgos, artroses e problemas na cicatrização.
Conforme Silva e Campos (2006), o obeso tem o campo de gravidade alterado para frente devido ao aumento da região abdominal, ocasionando a anteroversão pélvica e hiperlordose lombar e para compensar esses desvios adotam uma postura de hipercifose torácica, isso ocorre para manter o centro de gravidade estável na base de apoio, diminuindo gastos energéticos em excesso.
Segundo Fisberg (2005), as principais alterações posturais de um adolescente obeso são o valgismo de joelho e a hiperextensão da mesma articulação, aumento da cifose torácica, abdômen protuso e anteroversão pélvica.
Gama (2007) o valgismo e varismo de joelho estão associados com a obesidade, devido os desalinhamentos que a mesma ocasiona.
De acordo com Souza, João e Sacco (2007), foi observado em sua pesquisa realizada com crianças a queda do arco longitudinal plantar na maioria das crianças obesas avaliadas.
Para Nordin e Frankel (2003) e Hall (2005), o peso do corpo na postura em pé, é mantido pelo arco plantar, devido a isso, alterações nessa região são bem comuns em obesos segundo vários autores pesquisados.
Silva et al (2005), também observou em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Campos apud Calvete (2004), o excesso de peso facilita o surgimento de alterações ortopédicas, mas não são exclusivas do obeso,no entanto esse fator de excesso de carga nas articulações e aumento de massa corporal faz com que o indivíduo obeso esteja mais suscetível a essas lesões.
O excesso de peso deve ser caracterizado como uma doença multifatorial e de difícil tratamento, pois, a partir da alteração do peso, podem se originar alterações hormonais, ortopédicas e diversas doenças, ou o agravamento das mesmas devido a complicações geradas pelo acúmulo de gordura local (WATANABE, 2003).
Esses dados demonstram a necessidade do Fisioterapeuta em uma equipe multidisciplinar no tratamento da obesidade e ou sobrepeso para auxiliar em uma melhor qualidade de vida, atuar nas alterações posturais existentes, minimizar o número de alterações osteomusculares devido a algum fator relacionado ao excesso de peso, evitando dessa maneira a evolução de muitas deformidades.

Fonte: Fotografia tirada dos pés de um obeso.