Esse Blog tem como finalidade divulgar o trabalho do fisioterapeuta em algumas áreas de atuação e informar sobre lesões e patologias comuns durante a prática esportiva ou atividades de vida diária. Sintam-se a vontade e espero que gostem dos conteúdos que aqui serão públicados.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Atualizações
Eu (josi), ficarei essa semana e provavelmente a próxima semana, sem atualizar o Blog, mas após esse período, voltarei com outros assuntos de interesse de vocês.
Esse blog não será esquecido e abandonado, apenas ficara no máximo duas semanas sem atualizações.
Obrigada a todos e espero que continuem a visiti-lo.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Fisioterapia Esportiva
- Saber quais são as lesões mais frequentes em determinada prática esportiva.
- Conhecer e identificar o mecânismo de lesão(contato direto,uso excessivo,forças de tração).
- O nível de competição de cada atleta ou grupo de atletas(amador,profissional,escolar,olímpico e até mesmo de finais de semana).
- Faixa etária do grupo avaliado.
- Analisar o ambiente em que são realizados os treinos.
O fisioterapeuta que trabalha com esportistas,não deve esquecer que o preparo físico do atleta não é tudo que deve ser avaliado, mas saber também que a ansiedade e distúrbios psicológicos também são fatores predisponentes a lesões. O índice de ansiedade do atleta e o tempo para retorno aos treinos ou jogos, deve ser considerado dentro de um programa de reabilitação esportiva. Sabe-se que a maioria das lesões durante a prática esportiva ocorrem como resposta a uma composição inadequada de forças, de modo que é essencial o fisioterapeuta conhecer biomecânica profundamente para tratar e prevenir as lesões.Podemos citar como medidas preventivas então os seguintes itens:
- Preparo adequado físico e mental.
- Uso de sapatos adequados.
- Conhecimento acerca dos fatores climáticos( tipos de lesão no frio e calor).
- Proteção das áreas mais suscetíveis.
- Biotipo coerente com o esporte praticado.
- Repouso adequado.
- Pratica de atividades compensatórias.
Quando a prevenção primária não foi possível, estabelece-se a necessidade de pensar no nível secundário,para evitar o surgimento de complicações que podem aumentar o tempo de afastamento do atleta. Os aspectos mais importantes nessa etapa da reabilitação aparecem de acordo com o tipo de lesão, mas podemos dizer que os mais comuns são:
- Controle de dor(analgesia).
- Minimizar o processo inflamatório.
- Restaurar a amplitude de movimento.
- Melhorar força muscular e resistência.
- Treinos proprioceptivos ( padrões adequados de acordo com o esporte praticado).
- Evitar compensações posturais, pois estas, poem favorecer a ocorrência de novas lesões quando o atleta retornar as atividades normais.
- Evitar o surgimento de lesões recidivantes.
Essas são algumas das funções do fisioterapeuta que atua na área esportiva.
A indicação de leitura esta relacionada com uma pesquisa, que caracteriza a postura de crianças praticantes de ginástica olímpica, realizada em 2007 e publicada na revista brasileira de fisioterapia. http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n3/a07v11n3.pdf
terça-feira, 14 de julho de 2009
Hálux Valgo (Joanete)
Causas: Elas são divididas em fatores intrínsecos e extrínsecos.
Fazem parte dos fatores intrínsecos: hálux maior do que os demais dedos, desvio congênito do primeiro metatarso, pés planos e frouxidão ligamentar.
Já o principal fator extrínseco seria o uso de calçados inadequados, principalmente em calçados cuja parte anterior freqüentemente é triangular, produz a aproximação das
cabeças dos metatarsianos (compressão médio-lateral) e desvios lateral do hálux e medial do 5ª artelho. A utilização de saltos elevados tende a agravar essa situação através da compressão axial, forçando cada vez mais o antepé contra a ponta do calçado.
Outros fatores que acompanham o hálux valgo são os calos plantares, dores na região anterior do pé e em muitos casos sub-luxação do segundo dedo.
Prevalência: Normalmente sexo feminino, tanto para s fatores intrínseco quanto o extrínseco, em média 5 mulheres:1 homem.e torna-se mais comum a partir da 4ª década de vida.
Tratamento:
A fisioterapia tem como objetivo restringir o surgimento de mais deformidades devido o desvio instalado, impedindo através do uso de órteses e o uso de calçados especiais a progressão desse quadro clínico.
Quando indicado a realização de cirurgia, a fisioterapia pode estar presente no pré e pós- operatório, para que ocorra uma recuperação mais rápida e eficiente, diminuindo o tempo de recuperação e problemas relacionados com a imobilização pós-operatória
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Capsulite Adesiva (Ombro congelado)
Sua causa ainda é desconhecida,mas se reconhece que qualquer condição que leve a articulação glenoumeral a assumir uma determinada posição por tempo prolongado pode desenvolver retração capsular,incluindo imobilizão decorrente de patologias do membro superior,tórax e coluna cervical.Por isso a CAO é classificada como sendo primária(sem causa aparente) e secundária( decorrente de outras patologias).
Nos exames físicos a dor e as limitações de movimento, são as caracteristicas mais evidentes.
Essa patologia acomete principalmente mulheres entre 40 e 60 anos.
Alguns autores a descrevem de acordo com suas fases de duração que tem relação com sua evoluação.
As fases são as seguintes:
- Fase Dolorosa (10-36 semanas) : Inicio incidioso e gradual, a dor é o fato clínico mais importante e presente no ombro ao repouco e com alguns movimentos, e inicia-se a inflamação na região da cápsula.
- Fase de Rigidez(4-12 meses) : Caracteizada pela perda dos movimentos do ombro,principalmente para as amplitudes de movimento ocorrem com rotação,elevaçã e abdução(abertura), do úmero acima de 90°C. Existe a presença da dor, mas com menos intensidade do que na primeira fase.
- Fase de descongelamento ( 12-42 meses): O paciente percebe melhora espontânea e progressiva da amplitude de movimento.Mas essa evoluação pode levar meses, e podem surgir sequelas da restrição capsular.A dor se manifesta apenas no limite máximo dos movimentos.
Seu tratamento inclui fisioterapia,manipulação sob anestesia,distensão hidráulica da cápsula e até capsulotomia.Tudo irá depender da evolução do paciente e os sintomas apresentados.
Fisioterapia: O paciente é submetido a um programa de reabilitação baseado na mobilização das articulações do complexo do ombro, na busca da restauração dos movimentos globais e de recursos que possam aliviar o quadro álgico e minimizar a perda de massa e força muscular no braço afetado.Os pacientes também são orientados para a execução de exercícios simples em casa, e também durante o atendimento com a presença do fisioterapeuta.
A indicação de leitura sobre o assunto é um artigo multidisciplinar sobre o tratamento da CAO, em que mostra o ponto de vista de alguns profissionais da saúde e principalmente do fisioterapeuta que faz um relato sobre as técnicas utilizadas para aliviar a dor e melhorar a amplitude de movimento dos pacientes.É um artigo antigo da Revista Brasileira de Ortopedia que tem como um dos autores Cesar Valenzuela Neto, vale a pena dar uma conferida: http://www.rbo.org.br/pdf/1993_set_17.pdf