segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Escoliose


A escoliose é toda curva ou desvio vertebral no plano frontal, podendo ser denominada de acordo com a sua localização e a causa do seu aparecimento.
Classificação das escolioses:
Não estruturadas: desequelibrio pélvico, posturas da adolescência.
Transitórias: Antálgicas em função de algum tipo de dor.
Estruturadas:São divididas em 3 subclassificações: idiopáticas (sem causa definida), congênitas (por má formação da coluna vertebral ou formato da vértebra) e as neuromusculares(portadores de paralisia cerebral, duchene).
Avaliação:
Incia-se com exame físico medindo os MMII, realizando avaliação postural, teste de Adams(avaliar gibosidade), ângulo de tales.
Veificar exames complementares, preferencialmente RX da coluna AP/P panorâmico e ortostático(esse último dará a angulação da curva).
Para verificar o prognóstico o sinal de risser é visualizado no raio-x do quadril, em que irá mostrar o grau de ossificação da crista ilíaca, em que quando menor o grau de ossificação maior o grau de crescimento do paciente.
A medição da curva escoliótica é chamada de Método Cobb, em que se o ângulo entre as 2 retas traçadas for acima de 10 ° pode-se considerar patológica.

As descrições radiológicas são realizadas de acordo com a posição do lado convexo da curva.
Um individuo pode ter mais de uma curva, sendo a principal chamada de curva primária em que deu origem normalmente a vértebra em rotação e curva secundária em que tem como função tentar compensar a curva primaria.
Tratamento:
Realizado de acordo com a angulação da curva e idade óssea.
No tratamento fisioterapêutico, pode ser utilizado diversas técnicas para manter ou reduzir o grau da escoliose, com RPG, Pilates, exercícios de fortalecimento e alongamento, pode-se utilizar bola suíça, rolos e principalmente dicas posturais para o paciente no seu dia a dia, para evitar o aumento dessas compensações.
O tratamento cirúrgico é realizado em curvas acima de 40 ° graus.

Dicas de leitura: Indico o artigo da revista Fisioterapia em movimento, ASSENTO ADAPTÁVEL PARA PORTADORES DE PARALISIA CEREBRAL E SEQÜELA DE ESCOLIOSE: estudo de caso aplicando design ergonômico, muito interessante as adaptações.Tem fotos de um modelo de assento adaptável.
Outra indicação é o aritgo  PRINCÍPIOS E TÉCNICA DE REEDUCAÇÃO TRIDIMENSIONAL

DA ESCOLIOSE IDIOPÁTICA DEBUTANTE,da revista Coluna Fisioterápica, nesse artigo constam exercícios e técnicas usadas na escoliose. No link a seguir terão outros artigos sobre escoliose e também sobre hérnia lombar. 





quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Obesidade relacionada com desvios posturais e osteomusculares

O mundo globalizado oferece diversos produtos tecnológicos para facilitar o cotidiano da população mundial visando apenas o conforto evitando se possível qualquer tipo de atividade física.
Por esse motivo o sobrepeso e a obesidade estão sendo considerados um dos principais problemas de Saúde Pública atual.
O excesso de peso além de ser um distúrbio nutricional provoca danos no sistema musculoesquelético, podendo causar desvios posturais, estando associado também como fator de risco nas doenças articulares.
A postura pode ser definida como a posição do corpo no espaço, apresentando relação direta de suas partes com a linha do centro de gravidade.Podendo ser influenciada por diversos fatores tais como; anomalias ósseas congênitas e adquiridas, vícios posturais, EXCESSO DE PES CORPORAL, deficiência protéica na alimentação e frouxidão ligamentar.
De acordo com Nahas (2006), o excesso de peso pode desencadear sérios problemas lombares.
Segundo Silva et al. (2005), foi observado em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Tribastone (2001), o aumento do arqueamento lombar ou do ângulo lombossacral ocasiona uma lordose, tendo como causas comuns, má postura, gestação, obesidade e musculatura abdominal fraco.
De acordo com Busse (2004) e Nunes (2006), as manifestações clínicas que podem ser encontrada no indivíduo com sobrepeso e obesidade é a doença de blount, joelhos valgos, artroses e problemas na cicatrização.
Conforme Silva e Campos (2006), o obeso tem o campo de gravidade alterado para frente devido ao aumento da região abdominal, ocasionando a anteroversão pélvica e hiperlordose lombar e para compensar esses desvios adotam uma postura de hipercifose torácica, isso ocorre para manter o centro de gravidade estável na base de apoio, diminuindo gastos energéticos em excesso.
Segundo Fisberg (2005), as principais alterações posturais de um adolescente obeso são o valgismo de joelho e a hiperextensão da mesma articulação, aumento da cifose torácica, abdômen protuso e anteroversão pélvica.
Gama (2007) o valgismo e varismo de joelho estão associados com a obesidade, devido os desalinhamentos que a mesma ocasiona.
De acordo com Souza, João e Sacco (2007), foi observado em sua pesquisa realizada com crianças a queda do arco longitudinal plantar na maioria das crianças obesas avaliadas.
Para Nordin e Frankel (2003) e Hall (2005), o peso do corpo na postura em pé, é mantido pelo arco plantar, devido a isso, alterações nessa região são bem comuns em obesos segundo vários autores pesquisados.
Silva et al (2005), também observou em adultos com sobrepeso o aumento da curvatura torácica e o aparecimento de joelhos valgos e pés planos.
Para Campos apud Calvete (2004), o excesso de peso facilita o surgimento de alterações ortopédicas, mas não são exclusivas do obeso,no entanto esse fator de excesso de carga nas articulações e aumento de massa corporal faz com que o indivíduo obeso esteja mais suscetível a essas lesões.
O excesso de peso deve ser caracterizado como uma doença multifatorial e de difícil tratamento, pois, a partir da alteração do peso, podem se originar alterações hormonais, ortopédicas e diversas doenças, ou o agravamento das mesmas devido a complicações geradas pelo acúmulo de gordura local (WATANABE, 2003).
Esses dados demonstram a necessidade do Fisioterapeuta em uma equipe multidisciplinar no tratamento da obesidade e ou sobrepeso para auxiliar em uma melhor qualidade de vida, atuar nas alterações posturais existentes, minimizar o número de alterações osteomusculares devido a algum fator relacionado ao excesso de peso, evitando dessa maneira a evolução de muitas deformidades.

Fonte: Fotografia tirada dos pés de um obeso.